A hemofilia é uma condição genética caracterizada pela ausência dos fatores VIII ou IX da coagulação sanguínea, ou seja: um distúrbio hemorrágico causado pela deficiência desses dois fatores que causam uma produção menor das proteínas responsáveis pela solidificação do sangue, resultando em sangramentos prolongados em indivíduos afetados.

No Brasil, aproximadamente 13 mil pessoas convivem com essa condição, segundo dados do Ministério da Saúde. Além das complicações relacionadas à coagulação, os portadores de hemofilia enfrentam sangramentos internos, especialmente nas articulações e músculos, podendo levar a deformidades e deficiências físicas se não tratados adequadamente.

Tipos de Hemofilia

A hemofilia se divide em dois principais tipos:

-VIII é quando o portador tem deficiência quantitativa ou qualitativa ;

-IX é quando há uma alteração nesse fator, da coagulação ausente.

É importante destacar que, embora considerada uma condição rara, a hemofilia afeta predominantemente os homens. Os sintomas mais comuns incluem sangramentos musculares e/ ou articular, sangramento fácil aos pequenos traumas ou sangramento espontâneo, sangramento prolongado após procedimentos invasivos (ex.: extração dentária).

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da hemofilia é estabelecido por meio de exames laboratoriais que avaliam a concentração dos fatores de coagulação no sangue. Os hospitais especializados e hemocentros são locais onde os pacientes podem encontrar equipes capacitadas para fornecer cuidados adequados. No Ceará, a instituição que oferece o exame para investigação da hemofilia é o Hemoce, possibilitando um diagnóstico preciso.

A classificação da doença em hemofilia VIII ou IX depende da ausência específica de um desses fatores, identificada nos resultados dos exames.
A terapia de reposição do fator deficiente é uma opção comum, visando restabelecer a capacidade de coagulação do sangue e prevenir sangramentos.

Além disso, é de extrema importância que os portadores de hemofilia tenham acesso a informações educativas e apoio psicológico para lidar com os desafios físicos e emocionais associados à condição. A conscientização sobre a hemofilia e a importância do diagnóstico precoce são essenciais para garantir um tratamento eficaz e melhorar a qualidade de vida dos afetados.

A hemofilia é uma condição desafiadora que demanda cuidados específicos e contínuos. O diagnóstico precoce, aliado a tratamentos especializados, é fundamental para prevenir complicações graves e proporcionar uma vida mais saudável aos portadores dessa condição genética. A conscientização pública, o acesso a centros de tratamento adequados e o suporte emocional são elementos-chave na busca por uma abordagem abrangente e eficaz para lidar com a hemofilia, promovendo uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/hemofilia/