Fevereiro é um mês marcado por diversas campanhas de conscientização ao redor do mundo. Uma delas é o "Fevereiro Roxo", dedicado à sensibilização e educação sobre doenças crônicas e incuráveis, como o Alzheimer, a Fibromialgia e o Lúpus. Embora apresentem diferenças em termos de sintomas e impactos, essas condições compartilham a característica de não terem cura, o que torna crucial a busca pelo diagnóstico precoce e pelo manejo adequado dos sintomas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Alzheimer: Uma Luta Contra a Demência

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente os idosos, caracterizada pela perda gradual de funções cognitivas e comportamentais. No Brasil, onde a população idosa vem crescendo, estima-se que cerca de 6% das pessoas com mais de 60 anos sejam afetadas por essa condição, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). A demência, que é o sintoma mais marcante da doença, compromete a memória, a linguagem, o raciocínio e outras funções intelectuais e sociais, impactando significativamente a vida dos pacientes e de seus cuidadores.

A genética e a idade são fatores de riscos que implicam no surgimento do Alzheimer, e apesar de ser um doença sem cura é possível prevenir ou atrasar os sintomas da doença, adotando hábitos alimentares saudáveis, práticas de exercícios físicos e de estímulo cognitivo, além do controle de doenças clínicas como: hipertensão arterial, diabetes, tabagismos, alcoolismo e obesidade. 

Fibromialgia e Lúpus

A Fibromialgia e o Lúpus são outras duas condições abordadas durante o Fevereiro Roxo: é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética difusa e persistente, fadiga e distúrbios do sono. No Brasil, estima-se que existam cerca de quatro milhões de pessoas vivendo com essa condição, com uma predominância significativa entre as mulheres, que representam entre 75% e 90% dos casos. Por sua vez, o Lúpus é uma doença autoimune que pode afetar diferentes partes do corpo, apresentando uma ampla gama de sintomas, desde lesões cutâneas até danos em órgãos internos. No país, mais de 65 mil pessoas são diagnosticadas com Lúpus, sendo as mulheres jovens entre 20 e 45 anos o grupo mais afetado.

O Fevereiro Roxo não apenas destaca a importância da conscientização e do apoio às pessoas afetadas por doenças crônicas e incuráveis, mas também ressalta a necessidade de ações concretas por parte da sociedade e do poder público para enfrentar esses desafios. Com a união de esforços entre pacientes, cuidadores, profissionais de saúde e autoridades governamentais, é possível promover uma maior compreensão, solidariedade e assistência às pessoas que lutam diariamente contra essas condições debilitantes.

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará